sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Let’s get Laos / Luang Prabang II

Ir a Luang Prabang, na ideia inicial, seria quase mais para descansar ali a meio da viagem numa pequena vila, que as descrições tinham como tranquila e acolhedora. Ora, como viemos com as malas já muito pesadas (só nós para viajarmos com computador e 50 mil objetivas), o descanso teve que ficar em Portugal. Seis da manhã, lá está o belo do despertador a fazer barulho.

Destino de hoje: Kuang Si, as cascatas mais poderosas da zona. E, passeio por passeio, metemo-nos naquilo a que os senhores das tours chamam de “trekking” e que, basicamente, é andar como se não houvesse amanhã.



E com “se não houvesse amanhã”, quero dizer três horas debaixo de sol entre os montes. Queriam, não era? O minibus deixou-nos numa pequena aldeia afastada de Luang Prabang – Long Lao Village – e, a partir daí, só me lembro de caminhar, caminhar, caminhar mais um bocado e não parar por aí.






Mas o que interessa mesmo, para não acharem que só me queixo, é que a paisagem é maravilhosa e merece todo este “sacrifício”. Faz-nos sentir muito menos turistas e pensar como o mundo do nosso dia a dia é pequeno. Todos os dias, aquela imensidão verde vive ali, a ignorar-nos completamente, a ser incrível. É esgotante e de tirar o fôlego.

Claro que aqui a Cláudia, meia hora percorrida, já não falava por causa do calor. E o guia cheio de vida lá à frente. Isso sim, é a verdadeira aventura para mim. Já sei...quem é que me mandou vir para estes lados, não é? Foi o ambiente, a envolvência, o verde, a imensidão. E basta para ficar mais fresco.






E os mosquitos? Ui que eu era mais repelente que pele. Oh Daniel, quero lá saber das cobras e das centopeias, estou aqui, estou a trincar mosquitos. Depois de um almoço a meio do caminho e de uma passagem por uma gruta minúscula, já só conseguíamos pensar se estávamos mesmo a ouvir a água lá ao fundo ou se o cansaço já nos tinha torrado os sentidos.



Quando, finalmente, chegámos a Kuang Si, só conseguíamos ficar a olhar para a força daquilo. É, de facto, poderoso, quase uma bênção depois de semelhante percurso (espera, deixa só chegar para o lado que o chinoca do tripé quer tirar uma foto a ele próprio apesar de viajar com a família toda). Pés encharcados, água fria para os olhos, estamos bem.





Nós e os milhentos turistas. Ah vocês vieram todos de carrinho até aqui? Assim é fácil, obrigadinha. Que belo espaço criado para os Tarzans darem mergulhos para a água. Haja felicidade, que a paisagem serve para isso mesmo.









E é com os pés a chapinhar nas sapatilhas que voltamos a Luang Prabang para aproveitar o pôr do sol, jantar e, surpresa das surpresas, dar uma volta pelo Mercado Noturno. Mercados para estes lados? Não acredito!

É quando chegamos a esta vila ao final da tarde, com a luz que envolve as casinhas brancas, a serenidade das boas sensações, o viver devagar e de sorriso no rosto que pensamos: “podíamos viver aqui”. Podia ser aqui que chegávamos sempre no fim.


8 comentários:

  1. Recordações boas!!
    Tambem podia viver ai!!!

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  2. espectacular roteiro...um sonho! Quantos euros terei de ter para realizar este sonho? desculpa a pergunta, mas era só para ter uma noção. abraço

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    1. Para o próximo mês já terei as contas certas e posso mandar o programa e os custos ;)

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  3. Ora aí está um lugar ao qual tenho de voltar. Estive em Luang Prabang em 2004 e desde então o Laos ficou-me no coração - hei-de voltar. Parabéns pelas fotos e continuação de boas aventuras.

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    1. Muito obrigado Filipe. É um sítio incrível! Também espero lá voltar.

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  4. Olá, vou viajar para o Vietnam e Laos no fibnal de Novembro. Gostaria de saber onde ficaram em Luang Prabang? Sei que o centro da cidade é muito pequena por isso pergunto se vale a pena ficar no centro ou mais longe ;) Obrigada e boa viagem!

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    1. Olá Rita, nós ficamos na Salaphet Guesthouse, Luang Prabang. É muito porreiro. É na rua principal pouco depois do Museu. Vais gostar ;)

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