segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Vietnam – Hanoi II

A capital do Vietnam apresenta alguns dos ingredientes que mais me atraem: pessoas, convívio...e comida. Mas, esperem lá, assim tanta gente, tanto convívio e tanto comida, tudo junto, deixa-me mas é tonta. Em qualquer canto, qualquer esquina, na rua ou no passeio, lá está a bela da mini mesa com uns quantos micro bancos e gente e comida e conversa e mais gente, mais comida. Ininterruptamente, desde que o dia nasce até à hora de recolher (que, para estes lados é bem cedo...às 22.30, 23h já pouco se passa. Parece que evaporaram.).




Mas enquanto for hora de ponta (o dia todo, diga-se) os vietnamitas não páram de comer e de ocupar os passeios de Hanoi. Um mundo muito particular, uma forma de ser e levar a vida que, apesar de tudo, me parece saudável. Conviver e comer são tudo de bom.



No segundo dia na capital, andámos de um lado para o outro a absorver tudo: cheiros, temperaturas, conversas, trânsito (ao segundo dia, já o enfrentamos com uma perna às costas), os condutores de moto-táxis sempre a chamar-nos, as lojas (milhentas!) espalhadas pelas ruas por tipo de comércio. Aqui, é sempre a absorver. E a ignorar detalhes de limpeza, arrumação ou organização. Aqui, fechamos os olhos a detalhes e deixamos a cidade ser como é.






Sem perceber bem de onde vieram, dei comigo com um chapéu daqueles em bico na cabeça e cestos com fruta nos ombros, pronta para sorrir para a fotografia. Não, meninas, comprar não quero. Nem pulseiras. Não, também não quero máscaras. Obrigada. Esta coisa das máscaras não deixa de ser uma bela mina aqui no Vietnam e há para todos os gostos.






Para o almoço, lá nos rendemos ao famoso bun cha, um prato famoso, se calhar mais pelo guia que todos os turistas trazem debaixo do braço e que todos pousam ao chegar ao restaurante indicado. É porco grelhado, uma massa branca, rolos de vegetais e imensos legumes. Tudo para dentro de uma tigela com aguinha para comer com pauzinhos. Come-se, não é mau, mas não havemos de chorar por um. Venha mas é a francesinha!






Como tínhamos algum tempo até apanhar o comboio para Danang, fomos até ao Mausoléu do Ho Chi Minh e ao Templo da Literatura, um lugar sossegado no meio da cidade doida, e não pudemos deixar de nos surpreender com relíquias como barbeiros no meio do passeio, louça lavada na calçada ou dentistas à vista de todos (cruza os dedos, Cláudia, os teus dentes continuam a portar-se bem. Não me apetece nada ir a um dentista...no Vietnam!). Haverá cidade como esta?






Só não vou falar das motas em Hanoi porque não há quem não tenha visto imagens na Internet desse pequeno caos de trânsito. Não vou, até porque quero esquecer a dimensão da confusão pelas ruas e ruelas, passeios, entradas de lojas e por todo, todo o lado. Esquecer as vezes que achei mesmo que a ser atropelada. E esquecer as buzinadelas imparáveis.





Ao final da tarde, lá fomos meio perdidos tentar perceber onde se apanhava o comboio. Ah, temos que ir atravessando as linhas até chegar ao nosso comboio, à noite, com meia dúzia de candeeiros? Podiam ter dito logo. Ah, vocês não falam inglês, tinha-me esquecido...Não conseguimos bilhetes para aquele onde vão normalmente os turistas todos, que dizem ser super confortável. Muito bem, o outro não há de ser assim tão mau...








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