A capital do Vietnam apresenta alguns dos
ingredientes que mais me atraem: pessoas, convívio...e comida. Mas, esperem lá,
assim tanta gente, tanto convívio e tanto comida, tudo junto, deixa-me mas é
tonta. Em qualquer canto, qualquer esquina, na rua ou no passeio, lá está a
bela da mini mesa com uns quantos micro bancos e gente e comida e conversa e
mais gente, mais comida. Ininterruptamente, desde que o dia nasce até à hora de
recolher (que, para estes lados é bem cedo...às 22.30, 23h já pouco se passa.
Parece que evaporaram.).
Mas enquanto for hora de ponta (o dia todo, diga-se) os vietnamitas não páram de comer e de ocupar os passeios de Hanoi. Um mundo muito particular, uma forma de ser e levar a vida que, apesar de tudo, me parece saudável. Conviver e comer são tudo de bom.
No segundo dia na capital, andámos de um lado
para o outro a absorver tudo: cheiros, temperaturas, conversas, trânsito (ao
segundo dia, já o enfrentamos com uma perna às costas), os condutores de
moto-táxis sempre a chamar-nos, as lojas (milhentas!) espalhadas pelas ruas por
tipo de comércio. Aqui, é sempre a absorver. E a ignorar detalhes de limpeza,
arrumação ou organização. Aqui, fechamos os olhos a detalhes e deixamos a
cidade ser como é.
Sem perceber bem de onde vieram, dei comigo
com um chapéu daqueles em bico na cabeça e cestos com fruta nos ombros, pronta
para sorrir para a fotografia. Não, meninas, comprar não quero. Nem pulseiras.
Não, também não quero máscaras. Obrigada. Esta coisa das máscaras não deixa de
ser uma bela mina aqui no Vietnam e há para todos os gostos.
Para o almoço, lá nos rendemos ao famoso bun
cha, um prato famoso, se calhar mais pelo guia que todos os turistas trazem
debaixo do braço e que todos pousam ao chegar ao restaurante indicado. É porco
grelhado, uma massa branca, rolos de vegetais e imensos legumes. Tudo para
dentro de uma tigela com aguinha para comer com pauzinhos. Come-se, não é mau,
mas não havemos de chorar por um. Venha mas é a francesinha!
Como tínhamos algum tempo até apanhar o
comboio para Danang, fomos até ao Mausoléu do Ho Chi Minh e ao Templo da
Literatura, um lugar sossegado no meio da cidade doida, e não pudemos deixar de
nos surpreender com relíquias como barbeiros no meio do passeio, louça lavada
na calçada ou dentistas à vista de todos (cruza os dedos, Cláudia, os teus
dentes continuam a portar-se bem. Não me apetece nada ir a um dentista...no
Vietnam!). Haverá cidade como esta?
Ao final da tarde, lá fomos meio perdidos
tentar perceber onde se apanhava o comboio. Ah, temos que ir atravessando as
linhas até chegar ao nosso comboio, à noite, com meia dúzia de candeeiros?
Podiam ter dito logo. Ah, vocês não falam inglês, tinha-me esquecido...Não
conseguimos bilhetes para aquele onde vão normalmente os turistas todos, que
dizem ser super confortável. Muito bem, o outro não há de ser assim tão mau...
Nenhum comentário:
Postar um comentário