E porque é que, terminada uma viagem má,
haveria de começar a correr tudo bem? Nem sei onde estaria a piada disso.
Chegados ao hotel – finalmente! Também tinha
que ficar mesmo ao fundo da rua principal? – deixámos o belo do sapato na rua e
é se queres que isto é uma guesthouse.
Para estes lados, sempre que se entra num templo, numa casa de família ou
semelhante, deve tirar-se o calçado como sinal de respeito. Sim, mesmo que lá
dentro o ar condicionado esteja ligado e o chão seja de tijoleira. O
respeitinho é muito bonito e nós já estamos por tudo.
Chegámos ao quarto e percebemos que não temos
Internet. Oh minha senhora, desculpe mas nós temos um blogue para manter. Isso
também se resolve, mas o quarto com melhor sinal só fica vago a partir do meio
dia. Isto está a correr tão beeeeem...
Entretanto, fomos tomar o pequeno almoço
(graças!), saber de voos para o Vietnam e ver as tours que há para aqueles
lados (claro que as coisas podem ser muito mais “self-made”, mas temos pouco
tempo para isso e é mesmo de tours que procuramos informações).
A propósito, o dinheiro em Laos é uma coisa
muito esquisita. A nota mais pequena é de 1.000 kips e são mais ou menos 10
cêntimos. Ou seja, com 5 euros, a carteira já está super cheia, o que, além de
não ser prático, nos dá a ilusão de sermos ricos e isso, como se sabe, tem dado
maus resultados nos bolsos portugueses.
Ainda fomos ao supermercado e, claro, o sol
descobriu e o meu cérebro fritou. Era o Daniel a dizer um monte de coisas e eu
sem reação. O quê? Tour para ver os elefantes agora ao meio dia? Sim, como
quiseres. E na volta até podemos andar de kayak e ir colher arroz para o meio
do campo. Porque não?
Sem exageros, a verdade é que nessa mesma
tarde nos lançamos na aventura dos elefantes. Fomos andar nesses matulões para
o meio da floresta e eu senti-me uma verdadeira Jane, versão Maria de Nazaré.
Além do passeio, fomos tomar banho com os
elefantes. Tudo muito bem até à água porque não fazíamos ideia de como a coisa
se passava, só sabia que me ia molhar. E foi até à alma.
Como explicar o processo...? Toda a gente
conhece aquele divertimento em que a malta se põe em cima de um touro
electrónico que não pára de se mexer a ver quem aguenta mais, certo? Imaginem
isso num bicho do porte de um elefante e muita água à volta. Não foi bonito.
Segundo o guia, durante a noite, os elefantes
ficam à solta na floresta e “à hora, normalmente, aparecem aqui”, sem que seja
preciso ir lá buscá-los. É aprender, minha gente. E é uma experiência
memorável, sem dúvida.
De volta à cidade, ainda tivemos tempo para
um passeio de barco ao pôr do sol. Para quem não gosta de barcos, estás a
esticar-te, Cláudia.
Pois, muito lindo, mas, e agora, já posso ir
dormir...?
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