Intróito

Coincidência ou não, eu e o Daniel somos pessoas que adoram passar serões em casa. E passamos os dias a fazer mil e um planos para conhecer o mundo. O sofá e a manta deixam-nos de sorriso na cara. E somos os primeiros a fazer as mochilas para a aventura ou o dolce fare niente no paraíso.

Não é para fazer sentido, nem tão pouco para sermos coerentes. Este blogue fala de viagens, mas das viagens das pessoas normais. Daquelas que partem para e pelo mundo sempre com o objetivo de voltar, que isso de voltas ao mundo, uma mochila, um dia em cada lugar diferente é muito bonito, mas não é o nosso mundo. Nem o do comum dos mortais.

O nosso mundo é o de ir, absorver, viver, sentir...e voltar. Voltar para partir todas as vezes que nos forem possíveis. O nosso mundo é alcançável. E o alcance é do tamanho da vontade.

Isto é tudo muito bonito e, na verdade, há mais blogues sobre viagens do que motas no Vietnam. Não nos culpem: a família e os amigos é que queriam saber de nós, para saber quando preparar o bacalhau com natas para o regresso. Para que o nosso mundo faça sempre parte do deles. Esta vontade é para eles.

E começa com a viagem, em outubro, à chamada “Indochina”. (Se não aparecerem novidades todos os dias não é porque nos tenhamos juntado aos monges budistas e estamos em retiro de silêncio, mas nem sempre há tempo e espaço (ou sequer ligação a estas modernices) para falar deste  Fim do mundo à direita.