terça-feira, 8 de outubro de 2013

Chiang Mai - I

Fiquei assustada com a primeira impressão de Chiang Mai. Toda a gente a descrevia como uma pequena cidade a norte, em crescimento, acolhedora e com uma série de pequenas ofertas turísticas.

Mas a única coisa que vimos foram ruas muito apertadas, com algum comércio, pouca gente e um passo muito lento para fazer alguma coisa. Uma chatice, portanto. Hum... isso aliado ao forno que, mais uma vez, me fez esquecer onde era a direita e a esquerda, em que país estávamos ou quem eram o Presidente da República ou o rapaz da câmara.



Com algum esforço, lá nos orientámos e chegámos ao centro, “onde estão os turistas todos e os jovens como vocês”, como nos disse um americano que se mudou para ali há três meses e faz quilómetros diários por causa do coração. Oh homem, este calor ainda lhe faz pior...vá para o ar condicionado!

O interessante da cidade é que os templos não estão em sítios altamente prováveis, com direções óbvias ou grandes jardins que se distinguem à distância. Em Chiang Mai, a coisa funciona na base do “vá andando que há de aparecer alguma coisa interessante para visitar”.






Claro que para excursões a coisa não funciona assim. Estive sentada à porta de um dos templos, o Wat Chedi Luang, não mais de cinco minutos e apareceram, como que em parada, umas vinte camionetas a descarregar turistas. Pois é, malta...vêm para aqui assim vestidos e depois veem que têm que ficar à porta. Pois é...nos templos tailandeses não há cá ombros à mostra nem calções a mostrar a coxa. Mas ninguém lê os guias?





Efetivamente, toda a envolvente deste templo era bonita. E acho que os telemóveis, ipads, máquinas xpto e demais tecnologia também gostaram muito. Tive vergonha na cara e, por isso, o meu telemóvel ficou mas é no bolso...

(Não, meu senhor, não quero ajuda para pôr o creme. Sim, eu sei que é de graça. Não, também não tem piada tirar-me uma fotografia. Pare lá de disfarçar que está a fotografar o templo...)





Nessa noite, fomos jantar àquilo que pensávamos ser o famoso Night Bazaar, mas só no dia seguinte percebemos que nos ficámos pelo Warorot Market. Oh pá, eles são tantos que uma pessoa sabe lá. Aqui há quase tantos mercados como deputados no Parlamento em Portugal. Quase!

Barracas com roupa, mais mariquices, luzes que mais parece uma discoteca, televisões lá para o meio a dar a novela e, claro, a cozinha fora de portas. Turistas? Só mesmo estes dois aqui. Não está mau, mas está qualquer coisa de errado.





Enquanto pensamos nisso, comemos a bela da costeleta de porco e vemos a quantidade impressionante de motas que vai e vem em poucos minutos. Carregam sempre casais muito, muito jovens (as raparigas tailandesas têm todas 15 anos, é?) em processo de acasalamento.




Espera, aquilo que eu estou a ouvir é o “Ai se eu te pego”...? Ou o mundo é uma aldeia ou isto da globalização é uma coisa do caraças. E ainda não falei da loucura que é o Candy Crush Saga por estas bandas. Isso, sim, merecia um estudo científico.




P.S. – O Daniel obrigou-me a dizer neste post que ele esteve um bom tempo a lavar roupa no lavatório do hotel com sabão. Grande coisa...não fez mais que a obrigação dele.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo post, parece que tenho mais um blog para acompanhar :)
    Se puderem, sugiro um salto a Pai. Abraço e boas viagens,
    Filipe

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    1. Muito obrigado Filipe. Infelizmente não vamos ter tempo de passar lá mas quem sabe numa próxima ;)

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  2. Que máximo....quem lê isto percebe logo que mesmo na escrita a Cláudia consegue deixar bem claro o seu humor característico. Parabéns!

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