quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Vietnam – Ho Chi Minh II

Já que não há mercado flutuante para ninguém, resolvemos ocupar o segundo dia no Saigon com uma visita de “2ª categoria” às quatro ilhas da zona de My Tho e Bến Tre. Têm todas nomes de animais mitológicos importantes: o dragão, que representa a força; o unicórnio, a sabedoria; a fénix, as artes, e a tartaruga, a longa vida.





Sim, fomos em excursão, daí as belas das lendas e afins. E foi em excursão que visitámos uma fábrica de fabrico artesanal de caramelos com leite de côco e foi aí que o Daniel começou a bufar e nesse estado final quase até ao fim do dia. É que nem que ele fosse doutorado em Photoshop conseguia tirar tanto turista das fotografias.






Depois de um passeio palerma de “táxi antigo” puxado a cavalo, voltámos ao Mekong para ele nos levar a almoçar e perder tempo a tentar perceber se o raio dos crocodilos eram verdadeiros ou não. É que não pestanejam!






Da parte da tarde, a excursão já valeu bem mais a o sacrifício que continuo a fazer para me meter em barcos. Tivemos a oportunidade de provar um chá com o mel feito pelas abelhas da ilha (bem bom, diga-se), assim como uma bebida altamente alcoólica feita com banana que só o cheiro já devia dar direito a multa e cassação de carta (não sei se sabem, mas, para tirar a carta de mota no Vietnam tem basicamente que se responder a meia dúzia de perguntas e conseguir fazer um oito contornando umas linhas no chão. E isso explica muuuuuuita coisa).




Os planos seguintes pressupunham uma viagem em pequenos barcos a remos pelos canais do Rio Mekong. Eu digo “pressupunham” porque, na hora do chá de mel, caiu uma trombada de água que nos mostrou imagens na cabeça muito pouco animadoras quanto à segurança do dito passeio.

Mas, como aqui chove a potes durante 10 minutos e logo a seguir o sol brilha como se nunca tivesse saído dali...siga para o rio? Ui, que se volta a chover daquela maneira e nós estamos ali no meio da selva não há Rambo que salve estes mariquinhas.

Lá nos armamos no melhor Chuck Norris que há em nós e seguimos na mira dos vietcongs. Resultado: o melhor momento do dia é mesmo fazer parte de um filme.





Antes de voltar ao barco principal para regressar, tivemos oportunidade de provar umas quantas frutas que por aqui nascem. E, para acompanhar...chilli? Vocês inventam cada uma... se lhes pusessem mas é açúcar é que eram espertos.

Ah, mas obrigada pelo momento de música tradicional ao lanche com os dois senhores das guitarras e as meninas das vozes estridentes. “If you’re happy and you know it clap your hands!”. Lindo.

Só agora percebi porque muitas vezes não entendia certas palavras em inglês ditas pelos vietnamitas: é que trocar os f’s pelos p’s dá “Ip” e não “If”. Daqui para a frente já nos devemos entender melhor, espero.




No caminho de volta, ainda tive para trazer um ou dois budas que lá estavam a enfeitar o jardim de um templo. Bem medidos, ficavam mesmo bem lá no terraço. Talvez tivesse que pagar um bocadinho mais no aeroporto, mas nada que não justificasse.


E para quem está do outro lado o mundo a queixar-se do mau tempo, não gastem energias com invejas porque as chuvas aqui parece que não querem arredar pé e não deixam ninguém escapar-lhes. Valha-nos o curto tempo de duração e o capuccino  na varanda do café com direito a vista sobre o caos do trânsito no regresso ao hotel. Prazeres. (Foi o primeiro capuccino verdadeiramente bom até agora...).




Amanhã é tempo de rumar ao Cambodja e deixar para trás a lembrança da cidade caótica e desinteressante que é Ho Chi Minh. É a altura de esquecer os cozinhados constantes no meio da rua e as refeições com cheiros intensos e difíceis, misturados com os odores dos lixos, logo pela manhã. Cambodja, espero que faças melhor pelo nosso olfato. Obrigada.

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