quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Vietnam – Ho Chi Minh I

O sono do Daniel diz que não, mas o avião abanou mais do que os meus receios gostariam. Pronto, já passou. Terra firme no Saigon. Ou Ho Chi Minh, como for mais fácil.

Uma cidade enorme, onde as ruas são super compridas, os prédios gigantes, o calor intenso e a confusão imensa. É tudo à grande na antiga capital do Vietnam. Não tínhamos grandes expectativas sobre o que encontrar. Provavelmente, o único ponto de atração seria o museu da guerra, por todo o “fascínio” que a Guerra do Vietnam despertava nas aulas de História.





Mas não fomos porque o objetivo da viagem não é bem andar pelos museus. O que nós queríamos mesmo era ir até ao famoso mercado flutuante. Não queiram saber da nossa desilusão ao perceber que era demasiado longe e não era possível visitar num só dia. Nota mental: não viajar com dois dias destinados a cada cidade. Porque, pela experiência, o melhor dos locais para ser visitado fica sempre fora das cidades. E com fora, quero dizer a um mínimo de 2/3 horas de caminho.

Está decidido, um mínimo de um mês por cada país. Porque isto de ir ao Vietnam e não ir ao principal mercado flutuante é, perdoem-me o cliché, como ir a Roma e não ver o Papa.

O primeiro dia ficou, assim, responsável por nos desanimar. De todas as cidades onde já estive, Ho Chi Minh é, com certeza, a mais feia. Ainda demos uma volta grande pelo Saigon, mas não há ponta por onde se lhe pegue. É que experiência de confusão, motas, gente, motas, cheiros e motas já nós tivemos em Hanoi.










E, na comparação, Ho Chi Minh sai a perder, muito também por causa do clima de insegurança de que nos falaram tanto em Hanoi como em Hoi An. E que foi altamente reforçado por um polícia que nos veio “ajudar” a atravessar a estrada junto ao mercado só para nos dizer, quase ao ouvido, para termos cuidado com a máquina fotográfica, e por um rapaz que, entre a promoção bar e um desconto xpto, me disse para ter atenção ao telemóvel que levava na mão. Credo, e respirar tranquilamente, posso? Ou também roubam o ar aqui?








Já agora, e sem ter nada a ver, não acham que este exagero de fios elétricos nos postes pode dar mau resultado? Just saying...




À noite, percebemos que o nosso hotel ficava perto de uma rua de grande animação noturna, com imensos bares, restaurantes, lojas, gente por todos os lados, comida, lixo...tudo. Algo do género de Khao San Road, em Bangkok, mas com um clima mais pesado, mais agressivo, com as meninas de 14 anos em micro vestidos a aliciarem cinquentões estrangeiros às claras. É uma questão de cultura, Cláudia, cultura.





Além disso, o facto de ser uma rua aberta ao trânsito faz com que toda a gente se amontoe nos passeios, a comer uns em cima dos outros, para dar espaço às motas a alta velocidade.
  
E se houvesse pão de jeito para estes lados também íamos gostar muito. Estão sempre a cozinhar de manhã à noite e ainda não aprenderam a fazer um pão jeitoso? Garanto que ficava um espetáculo com essa vossa comida de cheiro duvidoso.




 Ho Chi Minh, Ho Chi Minh não estás no bom caminho. Mais vale ir dormir para nos aventurarmos no Rio Mekong amanhã.

3 comentários:

  1. Uma das coisas que mais me impressionou durante a viagem que fiz foram mesmo esses cabos todos!... Aliás, cheguei a tirar umas fotografias, mas sempre que olho para elas parece que não traduzem muito bem a gravidade da situação.
    Quanto a Ho Chi Minh city, lembro-me bem de ficar chocada com as miúdas na rua, com os prédios excessivamente altos e com o problema em andar nas ruas tranquila. As motas, as pessoas demasiado "simpáticas", o toque constante que, não é que me incomode, mas tudo o que é demais cansa!
    Obrigada mais uma vez pela volta ao passado :)

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  2. nós por aqui esperamos mais relatos e boas fotos do próximo destino.

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